A Comissão de Meio Ambiente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro fez uma denúncia sobre um depósito de escória no bairro Brasilândia, em Volta Redonda, que pode contaminar o Rio Paraíba do Sul em caso de vazamento, deixando milhares de pessoas em nossa região, incluindo Barra do Piraí, sem abastecimento de água.
Os resíduos ocupam uma área de quase 300 mil m² e já formam uma "montanha", que é possível enxergar de longe. O material vem dos altos-fornos e do setor de aciaria da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN). Essa "montanha" está em uma área de proteção ambiental. Uma das principais preocupações dos órgãos de defesa do meio ambiente é a proximidade dos resíduos com o Rio Paraíba do Sul. Pelo que diz a legislação, a distância deve ser de pelo menos 100 metros.
“Esse depósito está justamente diminuindo esta faixa de proteção. Hoje, você consegue ver que esta faixa está com menos de 50 metros de largura”, explicou Adriana Vasconcelos, presidente da Comissão Ambiental Sul.
A preocupação é que parte disso chegue ao rio, podendo comprometer o abastecimento da população do Sul do estado e, também, parte da Região Metropolitana.
A atual situação do depósito chamou a atenção de órgãos ligados ao meio ambiente. Eles alegam que o volume de resíduos vem aumentando ao longo dos anos, e que as condições de armazenamento são inadequadas. Essas questões motivaram denúncias das entidades de defesa ambiental.
De acordo com o site G1, a CSN informou que este espaço é uma área de beneficiamento e que o material não é perigoso, de acordo com a classificação da Agência Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Disse ainda que a empresa que opera no local é especializada nesse tipo de processamento e licenciada pelos órgãos ambientais, segundo todas as normas exigidas. Com o beneficiamento, de acordo com a CSN, parte do material volta para o processo siderúrgico e a outra parte é usada em pavimentação.
(Foto: Cláudio Henrique)