O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) pediu liminar que obriga a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) a retirar a escória que fica em um depósito de sobra de produção de aço, próximo ao Rio Paraíba do Sul, em Volta Redonda.
O risco de contaminação ao rio, que abastece mais de 70 cidades fluminenses e algumas do estado de São Paulo fez com que a justiça determinasse a ação. Após a tragédia de Brumadinho (MG), a atenção dos ambientalistas aumentou em relação ao depósito, onde o monte de escória está a 50 metros de distância do rio, quando na verdade, deveria estar no mínimo a 200 metros. Segundo eles, a contaminação do Rio Paraíba do Sul afetaria o abastecimento de água de milhões de pessoas do Sul-Fluminense e da Região Metropolitana do Rio de Janeiro.
Em nota, a CSN informou que 200 mil toneladas de escória já foram retiradas do terreno nos últimos cinco meses. Ainda de acordo com a companhia, o pátio sempre teve suas atividades licenciadas e acompanhadas pelos órgãos de fiscalização ambientais. Também em nota, a Harsco — que faz o beneficiamento da escória — disse que foram implantados todos os sistemas de controle ambiental exigidos em sua licença de operação pelos órgãos reguladores competentes.
O depósito fica próximo a seis bairros de Volta Redonda, ocupa uma área que equivale a 40 campos de futebol e algumas montanhas chegam a ter 20 metros de altura.
Foto: Paulo Dimas / Diário do Vale